Aprendizagem – acção para a inclusão
Compreendendo como as iniciativas comunitárias podem promover o acesso à educação
O EENET iniciou, em Abril de 2001, um projecto de acção-aprendizagem de 2 anos, financiado pelo “UK Department for International Development” (DfID). O seu objectivo consiste em ajudar as pessoas que estão empenhadas em promover práticas educativas mais inclusivas a aprenderem a utilizar a sua própria experiência no seu desenvolvimento; a ser capazes de a documentar; a saber partilhá-la com outras pessoas. O projecto foca as comunidades escolares em Mpika, na Zâmbia e em Dar-es-Salaam, na Tanzânia. Neste artigo, Susie Miles dá-nos uma ideia do trabalho que tem sido feito até agora.
Principal objectivo: Apoiar as comunidades a elaborarem as suas próprias histórias relacionadas com a participação e a aprendizagem.
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Através da:
Para encorajar a reflexão, a aprendizagem e a partilha do conhecimento. |
Produtos:
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Em Julho de 2001, foi organizado um seminário de 2 dias em Dar-es-Salaam que teve por objectivo explorar métodos de “investigação”. Participaram nele colegas da Zâmbia e do Reino Unido. A fim de simplificar o conceito de “investigação” colocámos três questões essenciais, “Quais”, “Como” e “Quem”.
1. Quais são as barreiras à aprendizagem e à participação das crianças?
- Que conhecimento realmente existe?
- De que tipo de informação adicional precisamos?
- Como vamos recolhê-la?
A fim de identificar as barreiras à inclusão, utilizámos, como instrumento, mapas mentais.
Salvation Army and Mgulani primary schools: A mind map
mind map |
2. Como podemos ultrapassar as barreiras que foram identificadas?
- Que estratégias já foram utilizadas?
- Que outras estratégias poderão ser úteis?
- Como poderemos introduzi-las?
Para formularmos estratégias capazes de ultrapassar as barreiras, utilizamos técnicas de entrevista.
3. Quem precisa de estar envolvido?
- Quem já esteve envolvido até agora?
- Haverá outras pessoas que devam estar envolvidas?
- Que acções são necessárias para reforçar o seu envolvimento?
Para identificarmos quem deve estar envolvido, utilizámos o braisntorming ou o “Bunda Bondo”, em Kiswahili.
Questões chave
- Como podem as pessoas ser ajudadas a pensar e a aprender sobre a sua própria experiência e a documentar essa aprendizagem, de modo a poderem desenvolver o acesso de todos à educação?
- Como podemos dar força às pessoas que exercem o seu trabalho no terreno e às pessoas marginalizadas?
- Como podem as experiências duma determinada comunidade ter significado para uma audiência mais vasta?
- Como podem “os que estão de dentro” e “os que estão de fora” trabalhar bem em conjunto, para melhorar a prática?
As discussões realizadas nas escolas em Dar-es-Salaam, revelaram as seguintes razões justificativas da não frequência escolar por parte das crianças:
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Aprendizagem-acção em Mpika, Zâmbia
A principal lição que se extraiu do projecto aprendizagem – acção foi a importância dos professores reflectirem sobre a sua própria experiência. Paul Mumba tem trabalhado com 8 comunidades escolares na região de Mpika, exercendo o papel de Coordenador da formação-em-serviço baseada na escola, na Kabale School, utilizando métodos já experimentados na Tanzânia.
Reflexão dos professores
Gravaram-se entrevistas com professores em cassetes audio, utilizou-se a técnica de “brainstorm” para facilitar a discussão nos grupos e utilizou-se o vídeo nas reuniões de pais. O Paul está a escrever um relatório sobre a forma como decorreu este processo de aprendizagem-acção. Este relatório será “negociado” com as pessoas-chave (crianças, pais e professores) e, em seguida, partilhado com toda a comunidade.
Actividades com crianças:
Os meninos e as meninas tiraram fotografias das suas actividades de grupo na sala de aula e na comunidade. Uma classe de meninas orientou uma pesquisa para tentar saber quantas meninas faltam habitualmente à escola e fez-se um actividade de dramatização sobre o estigma que envolve o HIV/SIDA.
Os métodos utilizados na Tanzânia e na Zâmbia serão descritos em forma de “orientações” para que outras comunidades os possam utilizar, a partir do fim de 2002. Se está interessado em conhecer estas orientações, por favor contacte o EENET.